1. Almoce em casa
Se você sai cedo de casa e volta tarde, que tal almoçar em casa? Se você mora perto do trabalho, é uma delícia. E seja inflexível: não deixe que nenhuma reunião ou encontro aconteça nesse horário.
Coloquei na cabeça que preciso e quero trabalhar. Penso que meus dois filhos vão crescer e ter vida própria, e não é passando o dia inteiro junto que vou garantir a felicidade deles. Procuro almoçar em casa todo dia e fazer o máximo de atividades juntos. Hoje, por exemplo, vamos ao cinema.
:: Daniele Silva Santos, 33 anos, funcionária pública, mãe de Daniel, 5 anos, e Rafael, 1
Como trabalho em outra cidade, trago minha filha de manhã comigo e deixo-a com uma babá. No horário de almoço, aproveito para dar papinha, amamentar e brincar. Aproveito cada minutinho livre. À noite, quando não vou à faculdade, eu viro criança de novo.
:: Aine Santos de Melo, 29 anos, auxiliar administrativa, mãe de Alanna, 1 ano
2. Abuse da tecnologia
2. Abuse da tecnologia
Não economize nas ligações telefônicas. E não só para dizer para a babá o que ela tem de fazer. Aproveite para conversar com a criança, ouvir o que ela tem para contar etc.
É uma reunião ali e uma ligação para ver se minha filha já está pronta para a escola. Mais trabalho e outra ligação para ver como o pequeno Felipe está. Saio do trabalho. Trânsito, passo no mercado, na padaria, na farmácia (a fralda acabou), ufa... Mas no fim do dia brinco e me dedico a eles.
:: Vanessa Santini, 31 anos, publicitária, mãe de Caroline, 9 anos, e Felipe, 1
Eu trabalho oito horas por dia, então às vezes ajudo minha filha a fazer tarefa por telefone. Não é fácil, mas tenho uma empregada que está comigo já há cinco anos, o que ajuda muito. As atividades extras procuro perto de casa, porque assim ela mesma a leva e busca.
:: Rosane Albuquerque, 40 anos, administradora, mãe de Luisa, 9 anos, e Rodrigo, 1
Se as crianças são um pouco mais velhas, você pode aproveitar outras tecnologias. Mandar torpedos e e-mails é uma forma de se mostrar presente de um jeito diferente.
Quando está na escola, meu filho de 9 anos liga do celular dele para o meu. Quando está em casa, nos falamos pela internet, por mensagens instantâneas. É mais prático. Também tenho uma filha de 3 anos que fica na creche. A comunicação é com a escola, mas sem exageros. Até agora, consegui conciliar.
:: Rita Maria de Souza, 44 anos, funcionária pública, mãe de Daniel, 9 anos, e Maria Rita, 3
3. More perto da escola
O ideal é morar perto do trabalho e da escola. Se não der pra juntar os três, pelo menos dois já facilitam bastante. Se você trabalha até tarde e sempre se atrasa para buscar a criança, por exemplo, prefira uma que seja perto do trabalho. Assim você chega logo para buscá-la. Vocês podem passar mais tempo no trânsito, mas pelo menos estarão juntas.
Deixo minha filha em uma creche próxima ao meu serviço e consigo dar uma escapada para vê-la pelo menos duas vezes por dia. Além disso, passei a deixar meu carro perto de uma estação de metrô, para economizar tempo no trânsito.
:: Andrea Takebe, 31 anos, fisioterapeuta, mãe de Beatriz, 1 ano
Coloquei meu filho de 2 anos em um berçário bem próximo ao meu serviço. Saímos e voltamos juntos, assim passamos mais tempo um com o outro e posso amamentá-lo na hora do almoço.
:: Elizete Nascimento, 40anos, funcionária pública, mãe de Eduardo, 2 anos
Em São Paulo, é fundamental trabalhar perto de casa, para não perder tempo no trânsito. Estabeleci um ritmo de trabalho das 10h às 19h, e meu marido, das 8h às 18h. Ele almoça em casa e leva as crianças para a escola e às 18h ele as pega. Assim, elas ficam com a empregada apenas duas horas e temos tempo juntas de manhã.
:: Cintia Afonso Costa, 38 anos, advogada, mãe de Carolina, 9 anos, e Gabriela, 7
4. Aproveite o Trânsito
Por falar em trânsito, aproveite esse momento para conversar com seu filho. Perguntar da escola, fazer brincadeiras, mostrar novidades no caminho pode ser uma boa maneira de se aproximar dele.
5. Horário dos filhos
Organize o horário dos filhos em função dos seus. Se, por exemplo, você entra no trabalho às 11h, coloque-os para estudar à tarde. Assim vocês podem ficar juntos antes de você sair para trabalhar.
Sou professora universitária e minha rotina é bastante exaustiva. Tenho dois filhos. Como as crianças estudam pela manhã, coloco uma boa parte de meu horário de trabalho nesse turno. Sempre tenho um dos turnos livre para ficar com as crianças.
:: Lucivana Mourão, 31 anos, professora universitária, mãe de Paulo Víctor, 9 anos, e Larissa, 3
O meu filho está na pré-escola. Consigo conciliar o horário dele com o do meu trabalho. Agora, estou grávida novamente. Provavelmente vou deixar o pequeno no berçário também.
:: Isabela Cruz, 33 anos, professora, mãe de Gustavo, 5 anos, e grávida de 26 semanas
6. Negocie com seu chefe
Tente negociar mais flexibilidade em seu trabalho. Isso pode ser feito de várias formas: trabalhar menos horas, levar a criança para o trabalho e ter liberdade de fazer seu horário e até de trabalhar em casa, o chamado home office. Todas são medidas importantes, que devem ser sugeridas ao chefe.
Escolhi uma profissão com horário flexível e sem patrão. Se meu filho está doente ou se algo acontece, cancelo minhas aulas. Leciono inglês para executivos nas empresas. Tento conciliar meus horários com os do meu filho, para ficar o maior tempo possível presente.
:: Eliana Ferraz, 34 anos, professora de inglês, mãe de João Pedro, 7 anos
Meu marido e eu trabalhamos juntos. Montamos o escritório no andar superior da casa. Quando nossa filha está em casa, temos o privilégio de ouvir sua voz na escada, nos chamando e dizendo: Mamãe, estou com saudade, posso te dar um abraço? ou Papai, te amo!.
:: Andreia Sampaio Vieira Silva, 43 anos, designer gráfica, mãe de Mariana, 4 anos
Optei por trabalhar menos desde que fiquei grávida da Anita. Atendo no consultório em horários picados, nos intervalos entre levar e buscar os filhos da escola. Estamos mais felizes assim.
:: Ivana Elisa Rebello, 36 anos, psicóloga, mãe de Gabriel, 10 anos, e Anita, 2
7. Escolha meio período
Uma opção comum lá fora e pouco praticada por aqui é a jornada a tempo parcial, o chamado emprego de meio período. Converse com seu chefe. Pode ser uma boa opção nos primeiros anos de vida do bebê.
Trabalho em um emprego de meio período, assim não abandonei minha profissão (que amo) nem minhas filhas. De manhã a mais velha vai para a escola, vou trabalhar e a babá toma conta da menor. À tarde as duas estão em casa, mas estou junto.
:: Patrícia Simões Franco, 35 anos, médica, mãe de Giovana, 5 anos, e Isabella, 1
Escolhi trabalhar apenas no período da tarde, pois assim consigo ficar de manhã com o Lucas. Eu mesma o levo até a escolinha e depois vou direto para o trabalho. No final do dia, meu marido é quem o busca, pois eu faço faculdade à noite.
:: Diovana de Souza, 25 anos, estudante de Direito, mãe de Lucas, 2 anos
8. Abra a própria empresa
A empresa não quer colaborar? Troque de emprego. Melhor ainda: abra a própria empresa. Pesquisa da companhia internacional Yell.com mostra que 40% das mães que criaram o próprio negócio tiveram a idéia quando estavam grávidas ou dentro de um ano após o nascimento do bebê.
Sou jornalista. No meu antigo emprego, viajava muito, não tinha hora para sair etc. Depois que minha filha nasceu, percebi que o formatode trabalho não combinava com o formato de mãe que eu gostaria de ser, então abri minha própria empresa e trabalho em casa. Fico o todo tempo com minha filha.
:: Monique Villasboas, 28 anos, jornalista, mãe de Melissa, 1 ano
Sou mãe solteira de um filho de 3 anos. Passei dez anos fazendo tratamento para engravidar. Abri uma loja de confecções, saí de uma casa própria que ficava distante e aluguei o apartamento em cima da loja, de onde posso acompanhá-lo de perto o dia todo.
:: Maritza Cedro Silva, 32 anos, empresária, mãe de Pedro, 3 anos
9. Organização é tudo
Uma agenda pode facilitar a vida na hora de se lembrar de todos os compromissos, inclusive os do filho. Só isso não vai resolver, mas ajuda bastante.
Mãe, esposa, mestranda, dona de casa, filha, nora, irmã... Como conciliar tudo isso? Agenda! Procuro estabelecer e respeitar horários definidos para cada coisa. E, claro, reservo momentos para mim. Acredite, é possível!
:: Shirley do Nascimento Silva, 26 anos, bióloga, mãe de Naara, 3 anos
Tenho sempre em mãos uma agenda. Anoto tudo: tarefas e compromissos diários, semanais e mensais e as finanças. Procuro resolver os problemas de segunda a sexta, para que o final de semana esteja livre para minha família e para mim.
:: Cláudia Souza, 39 anos, militar, mãe de Jéssyka, 9 anos
10. Envolva seu filho
Tente fazer seu filho entender o seu trabalho. Conte para ele o que você faz, mostre por que é legal. Leve-o para conhecer seu escritório. Assim ele fica com orgulho de sua profissão e passa e entender melhor quando você tiver de ficar até mais tarde.
11. Compense depois
Aproveite para compensar o tempo perdido quando estiver em casa. Esteja presente de verdade, brinque, se jogue no chão. Você já sabe, mas não custa repetir: a qualidade do contato é mais importante que a quantidade.
Deixo meu filho no berçário às 7h30 e só volto para buscá-lo às 19h. No pouco tempo que resta à noite sou totalmente dele: brincamos e curtimos juntos. E aproveitamos bastante os finais de semana.
:: Silvia Helena Garcia, 31 anos, supervisora, mãe de Miguel, 1 ano
Mesmo não conseguindo estar com minha filha o dia todo, faço do tempo em que estamos juntas o melhor possível. Esqueço todo o resto do mundo, sento no chão e brincamos até ela não aguentar mais de sono.
:: Paulimara Rodrigues, 28 anos, contadora, mãe de Alice, 1 ano
12. Construa uma rede de apoio
Pode ser a mãe, a sogra, a vizinha, a irmã. Você não precisa dar conta de tudo sozinha. Não tenha vergonha de pedir ajuda e se declarar estafada quando necessário.
Quando saio, tento deixar tudo organizado para o dia. O que não consigo, resolvo pelo telefone mesmo. O principal é contar com o apoio do marido, das três vovós das minhas filhas e da super Cristina, a babá com a qual eu divido os chamados de mamã da pequena Helena.
:: Camila Sesti, 33 anos, jornalista, mãe de Ana Sofia, 4 anos, e Helena, 1
13. Elimine a culpa
Lembre-se: você dá conta de muita coisa. Isso é motivo de orgulho e satisfação. E só vai fazer bem para o seu filho!
Fonte: Crescer - Editora Globo | Rh Portal
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